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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Plágio Original


      Escrevi esta original poesia, tenho que admitir que tem uma parte plagiada, mesmo assim tem uma grande parte original, então diria que é um plágio original.


"Há dias que eu acabo desistindo de mim mesmo, mas sempre existirá um lugar confortável para

essas horas, tudo aquilo por que me orgulha, acabará por me arrebatar novamente.

Debaixo desse céu onde as estrelas caem incessantemente, do outro lado deste céu infinito,

eu começo a desenhar o futuro,

Procuro pelo sentido da liberdade

Se este sonho perpétuo guia meu espírito, ei de conquistá-lo.

Comece a tua busca levantando a terra em direção ao perpétuo e longínquo mundo,

Com esta paixão transbordando no meu peito você posso ir a qualquer lugar.

Pela luz da lua que um dia sonhei, quando o sol da primavera despertar em meu coração, será

o sinal de que a porta de um novo mundo se abriu, oscilando entra as ondas posso superar todas as minhas aflições, se é o outro lado do horizonte que almejo, o outro lado do horizonte é aqui quando se esta lá."

terça-feira, 10 de abril de 2012

A dificuldade de ser humano na modernidade

          Foi nesse domingo que assisti uma reportagem muitíssima interessante no canal Globonews. Não cheguei a pegar em qual país aconteceu, mas foi no continente europeu que eclodiu uma revolta por jovens da faixa etária de 18 e 35 anos, na rebelião ou revolta ou manifestação, seja lá qual o nome que pode ser dado ao acontecimento, os manifestantes depredaram a cidade, carros, e saquearam lojas..., mas o mais surpreendente foi que na tentativa de detectar os motivos da grande rebelião, foi constatado que não havia motivo político, social, moral, ou qualquer outro motivo que pudesse ser considerado justificável.

          O interessante foi que as pessoas estavam ali revoltadas saqueando lojas porque elas queriam roupas de grifes, aparelhos eletrônicos de vanguarda, coisas fúteis, celulares, relógios., ou seja, bens de consumo.

          Pois bem, estarrecedor este incidente, pois demonstra muito daquilo que nós vivemos hoje. A intensidade dos sentimentos que vivemos, as oscilações de humor, o apego à matéria. Eis que o desajuste do homem moderno na busca de si mesmo encontra a única resposta para seu ajuste naquilo que ele consegue ter. Nunca fomos tanto aquilo que temos como hoje.

          Hoje o reflexo da felicidade é o ter, é o aparentar. As necessidades inimagináveis de consumo de tudo aquilo que surge como fenômeno dessa vorae z tecnologia globalização, de tudo aquilo que precisamos ter para nos sentirmos realizados, é absurdamente inalcançável para, sei lá, 95% da população.

          Pior, que mesmo sabendo de tudo isso, muitas vezes não conseguimos transcender e desapegarmos de todas as nossas necessidades de todos os nossos anseios. Talvez devêssemos nos tornar nômades, então não teríamos mais necessidade de sermos aceito, e medo de sermos julgados por nossos pares, talvez não desejaríamos tanto, talvez notássemos mais as atitudes e os olhos de nossos amigos do que aquilo que eles vestem ou têm.

           Só sei que para mim mesmo, diante de tudo aquilo que um dia já desejei, restou muito pouco daquilo que verdadeiramente desejo. Desejo mesmo uma bicicleta nova, queria mesmo é sentar e contemplar algo que brilha bem acima da terra, só por um instante, então ver o mundo e as pessoas de um modo diferente, aceitar meus próprios erros e me tornar uma pessoa melhor, que pudéssemos todos abandonar todas as migalhas que habitam nossas mentes.        

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Martin Luther King e o método da não-violência

           
                Há tanto tempo vivendo nesse mundo, algo que ainda me chama atenção é a violência humana. Incrível como os seres humanos vivem num “estado de violência” desde que temos conhecimento da história, Egito bem antigo..., até hoje!!!!!

                Se olharmos para humanidade percebemos que tudo a nossa volta evolui num ritmo alucinado, Teorias Sociais, Biologia, Genética, Medicina, Eletrônica, Mecânica...., tudo!, somos capazes de criar carros incríveis, aparelhinhos incríveis. Porém, num contrapasso, me parece que a pecinha que mais devia evoluir, vai a passos de tartaruga: o próprio homem.

                O eterno devir de tudo não alcança o homem. Nossa forma de viver mudou muito, mas parece que a belicosidade, a violência em face de nossos próprios irmãos enraizou no DNA. Quando lemos livros escritos há mais de dois séculos, incrivelmente se nota que ainda vivemos muito daquilo que era criticado. Valores distorcidos, apego à matéria, aos status sociais, tantas coisas erradas que são passadas de pais para filhos no decorrer das gerações. Será que algum dia perceberemos que a nossa maior arma é a capacidade de amar? Que é isso que nos diferencia de todos os bichos?

                Foram poucos os homens que tentaram modificar o paradigma.

                Martin Luther King Jr., o redentor negro, prêmio Nobel da paz em 1964, defendeu que a maior e mais eficaz arma para o combater a violência é o método da não-violência. Seus discursos não se dirigiram apenas ao combate ao racismo, mas contra toda e qualquer espécie de injustiça.

                 O método da não-violência, baseado nos métodos que Gandhi usou na Revolução Indiana, a única revolução pacifica da história, consiste em jamais revidar o violento com a própria violência. Confrontar a violência com a falsidade, com a mentira,  só gerará mais violência, ódio, mágoa, sendo o contrário, quando confrontado com amor, o violento fica desarmado, atônito.

                O mais maravilho disso tudo, é que essa filosofia é defendida por uma das pessoas que sofreu os mais diferentes tipos de violência. Luther King foi preso injustamente, viu seus irmãos de cor serem presos, humilhados e mortos. Mesmo assim não desistiu, mesmo vendo crianças passando fome, não desejou a vingança. Conseguiu transformar sem violência uma nação que era cheia de ódio e preconceito, sem pregar também a discriminação.

 Disse: “Um homem que não sabe pelo que vale a pena morrer, não merece viver”. “Devemos aceitar a decepção finita, mas nunca perder a esperança infinita”. “Jamais, devemos desistir, mesmo que nossos pés, pernas, mãos, todo o nosso corpo esteja cansado, nossa alma não estará cansada, assim poderemos transformar o nosso passado sombrio em um futuro radiante. Nem que para isso, tenhamos que cavar um túnel de esperança pela montanha do desespero. Mesmo cercados por um mar de ódio, rancor, violência, corrupção, nós temos que resistir no nosso farol da esperança. Não podemos nada temer, a não ser o nosso próprio medo. E contra ele, devemos reunir diques de coragem. Principalmente, nós não podemos jamais nos calar diante das coisas que verdadeiramente importam, porquanto começamos a morrer também quando calamos”.
             Posso citar ainda Nelson Mandela, oprimido anos a fio na África do Sul, proclamou quando foi posto em liberdade, que a vingança nem por um segundo habitou seus pensamentos.

             Eu, não tenho a pretensão de me equiparar a estas almas, mas inspiro sempre minhas ações e meus pensamentos, tento mudar o meu redor, se conseguirmos empregar isso na nossa realidade, um pouquinho que seja, “já tá bão di mais”.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Coração de Poeta

        Nesses últimos tempos tenho tomado um gosto especial pela poesia. Dentre os poetas preferidos, Fernando Pessoa e Carlos Drumond de Andrade, então resolvi postar aqui três poesias de "Alberto Caieiro", poesias que bem gostaria de terem sido escritas por mim:


"Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia"

"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça"


"Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A influência social na hermeneutica jurídica

             Num desses momentos vazios em que ficamos à mercê dos meios de comunicação, enquanto pegava a estrada rumo a Porto Alegre, de rádio ligado, comecei a filosofar sobre todas as informações que chegavam até mim, nas mensagens que a nova cultura musical estava enviando, sobre os programas televisionais, o que levou a uma reflexão: como deve agir um julgador ao aplicar a lei diante de toda a influência da mídia na cultura comportamental da sociedade.

             Data vênia às opiniões divergentes, acredito que estamos vivendo um momento único, singular, de bestialidade dos meios de comunicação e vários outros programas televisivos. Verdade seja dita, as mensagens que chegam através da mídia. e são aprovadas pela grande massa populacional, são extremamente nefastas à sociedade. Escutando o programa "Pretinho Básico", as músicas das atuais estrelas, como Rihana, Lady Gaga, Kety Perry, dentre outros e outras milhares..., assistindo programas como "Pânico na TV", o que se denota é uma apologia à malandragem, à diversão sem consequência, à aparência, à riqueza material. Raramente percebemos propagandas de beneficência, de nobreza, solidariedade e caráter.

              Veja-se que facilmente percebemos no comportamento da sociedade o reflexo de toda esse besteirol digital. A criminalidade, a pobreza, a violência, a falta de educação aumentam em proporções jamais vistas, o que conta é tirar o máximo de proveito do seu próximo e ser feliz sem nenhum "insiht" de consciência.

              Assim, fico a pensar qual o papel do julgador ao aplicar a lei, deve ele ceder e obliter os ditames da lei, deve sopesar as realidades ou deve aplicar a lei?

              Para se ter noção do problema, temos que um grande ponto de tormento da compreensão normativa reside na antinomia entre o abstrato e o concreto. O processo dialético da compreensão engloba atividade infinita, pois o que até então o que parecia adequado, mais adiante pode se tornar inadequado, num processo de ir vir dos fatos e das normas, para além da literalidade da lei e da realidade social, exemplifica-se com o fenomeno da mutação constitucional, que hodiernamente muito bem aplicado pelo STF. Eis aí o caráter nomogenático dos fatos sociais como fatores de criação e constante regeneração dos modelos jurídicos.

            Mesmo nesse contexto, acredito absolutamente que o julgador, até deve considerar os intimos motivos de cada um como pessoas dentro de um contexto social e vontade própria, numa espécie de Crime e Castigo dos tempos modernos, mas jamais sobrepujar nenhum valor contitucional ou de direito, que no meu humilde modo de entender, tem também uma normatividade para evolução espiritual dos homens e da sociedade.

            Dessarte, entendo que o papel do julgador hodierno é de suma importância na transformação social, no sentido de entender que o Direito deve funcionar não só como regulador das relações humanas, mas também como fator decisivo de transformação social e espiritual do ser humano, para ditar e educar um norte social e comportamental, pois somos um Estado Social Democrático de Direito, com toda a magnificência que essa frase significa.